Bem que me falaram: Mi, se prepare, pois quando fores para lá, não tem como não deixar seu coração em Paris!
Claro que sempre quis visita-la né meninas? Quem em sã consciência não o desejaria?
Mas confesso que essas expectativas quase sempre acabam em decepção e num gostinho amargo na boca…todo mundo já passou por isso na vida e fiquei com um medo redobrado disso acontecer justamente na cidade-luz; uma das cidades mais importantes do mundo!
Rá, mas isso não aconteceu, e digo mais: UAU!!!!!
Bom meninas, posso dizer, agora, com todas as palavras, que a visita a Paris, ao seu povo e ao meu primeiro Paris Fashion Week foi, sem sombra de dúvida, uma das experiências mais avassaladoramente maravilhosas de minha vida!
Pra começar, como compramos o voo para Londres em promoção, nos jogaram naquela interminável dança de escalas, aeroportos e esperas….dessa vez com um tempero único: escala, troca de avião e alfândega nos EUA!
É ou não para testar qualquer força de vontade? Mas okay né, tô indo a Paris (era isso que me importava no fim).
Chegados em Londres, finalmente, corremos para a cama para um merecido descanso; afinal, no outro dia, trem para Paris…
Quem já teve a oportunidade de fazer o trajeto Londres-Paris, vale muito a pena fazê-lo pelo trem; além de ser muito rápido (a viagem toda dura menos de 3 horas), quase não a sentimos e, quando finalmente chegamos ao nosso destino, chegamos no centro da cidade, e não nos cafundós, onde todo grande aeroporto se situa…
Assim, desembarcamos na icônica Gare du Nord! De lá, um Uber a 6 euros no deixou na porta de nosso hotel.
Ah Uber, seu lindo!!!!
O primeiro gosto do Paris Fashion Week não foi dos mais saborosos…
Dois dos desfiles a que fomos convidados aconteceria às 17/18 horas; duas horas antes de nossa chegada a Paris…saco!!!
Mas o Jean saiu no lucro: mal chegamos no hotel, trocamos de roupa e fomos ao show do Avenged Sevenfold, uma banda de metal que ele adora e que eu, confesso, passei a gostar bastante também!
O local do show é lindíssimo; uma arena fechada e com uma acústica de cair o queixo!
Saímos meio cansados do show, afinal, a odisséia tinha sido longa e até então não havíamos descansado propriamente. Além do mais, o dia seguinte prometia muito:
Seria o meu primeiro gosto do Paris Fashion Week…
…e dessa vez a providência esteve do nosso lado!
Não sei se notaram pelas fotos e vídeos que fiz durante a viagem, mas pegamos muita chuva em nossa estadia na cidade; e ela sempre atrapalha né? Mas nesse dia, apesar de um tempo bastante nublado, não choveu, o que ajuda muita, sim senhor São Pedro! Obrigada, de nada!
Começamos o dia indo visitar a catedral de Sacre Coeur que ficava bem próxima ao nosso hotel (apesar de ser uma subida só!), mas vamos combinar que ao chegar na catedral você até esquece a “maratona”, vale cada segundo…
Ficamos boa parte do dia nessa região e além da Sacre Couer (alias, alguém viu minha aula de francês no snap? Hehehe, valia a pena viu?), passeamos pela Galeries Lafayette – que por sinal é um deslumbre só, fiquei encantada com tudo – e por outras lojas maravilhosas.
A ideia era não ir muito longo do hotel pois logo mais teríamos que voltar para nos arrumarmos para o desfile.
Aliás, nosso hotel, nos demos conta mais tarde, era muito bem localizado!
No coração de um bairro boêmio (como se Paris precisasse de um especialmente para isso né?), próximo à Boulevard de Clichy com suas várias lojas de artigos eróticos, bares e casa noturnas (o famoso Moulin Rouge era nosso demi-vizinho), essa geografia servia de símbolo para a essência da cidade: Deus e o sagrado a observar, à distância, seus filhos pecar…
Terminamos o primeiro dia com uma imagem encantadora, capaz de nos deixar sem palavras (mesmo!). Ao sair do desfile e fotografando o look do dia o Jean fala pra mim: Mi, olha pra trás. Quando eu olho o que eu vejo? Ela, linda: a Torre Eifel.
O percurso até ela era meio longo, mas bem…depois de um dia maravilhoso e realizador seria até uma ingratidão não andar um pouquinho pra ver a sua magnitude e encerrar nosso pontapé na cidade luz olhando pra ela, a luz da cidade. Foi de arrepiar…
Paris, em sua essência, é uma cidade pequena; principalmente quando a comparamos com Londres. Isso facilita, e muito, a locomoção por ela. Em sua maioria fizemos a cidade a pé, salvo alguns pontos a outros que utilizamos o metrô, que por sinal achamos prático e muito bom. Sei que nem todo mundo pensa assim, já ouvi dizer que não era bom, mas ou foi sorte ou sei la…está melhor mesmo!
Compramos ticket`s para uma semana, assim fica bem mais em conta viu gente!?!
Como nosso próximo compromisso em Paris era apenas no penúltimo dia, tiramos os próximos 5 pra passear, conhecer, desbravar a cidade. Soou meio cafona?
Em tempos de Fashion Week a cidade fica ainda mais iluminada, e é normal você virar uma esquina e dar de cara com fotógrafos a espreita só esperando uma celebridade aparecer e como grandes marcas geralmente usam espaços históricos para desfiles pensem na muvuca que foi para chegar perto do Louvre, ou do Jardim de Luxemburgo? Ainda assim, valeu tanto a pena.
Se eu não me engano foi no segundo dia que dediquei meu amor a Paris, e olha que nem bem a conhecia, ehehehe.
Os dias que se seguiram foram intercalados entre muita chuva, frio e vento com um sol delícia e um tempo mais ameno no fim, mas nem a forte chuva nos segurou no hotel e se não conseguimos conhecer Paris por completo ao menos a conhecemos.
Não sei se já comentei com vocês mas tanto eu quanto o Jean temos gostos bem diferenciados um do outro, o que acaba nos levando sempre a mais lugares. Apesar de eu amar uma boa compra, lugares da moda também tenho paixão por vivenciar o que um morador local vive, então parar em um café e ficar lendo ou apenas observando as pessoas em minha volta é um dos meus momentos favoritos de toda viagem. Desta vez cada cafezinho vinha acompanhado de uma imensidão de doces, ah como provei doces dos mais variados e mais deliciosos. Tks pelos 2kg a mais viu Paris?!
O Jean – como vocês já perceberam aqui de tanto eu comentar – é um grande fã de música e agora com essa volta dos discos de vinil (já comentei que ele voltou a colecionar?), toda loja ou barraquinha de discos foi parada obrigatória, ehehe. Além de livrarias, museus e brechós, muitos brechós.
Mas um dos meus momentos favoritos mas também aterrorizantes em Paris foi sem sombra de dúvida conhecer e passear pelas Catacumbas. Alguém viu meu stories?
Gente, para terem uma ideia do stress, para chegarmos às catacumbas precisamos descer uma escada em caracol por 150 metros….150 metros!!!
Sou um pouco claustrofóbica, mas não a ponto de ficar impossibilitada; porém, devo dizer, o início da caminhada foi muito agoniante…não fosse o Jean, teria ficado por lá mesmo…
Mas o passeio valeu muito a pena gente! Pra quem não sabe, Paris já foi reconstruída algumas vezes, sempre encima da cidade antiga. Então, essencialmente, andávamos por ruas de uma cidade de outrora…
O destaque das catacumbas é o ossuário, que reserva restos de várias épocas e cemitérios da cidade, inclusive da Revolução Francesa. Tudo devidamente explicado e catalogado…
Legal né?
Pra não perderemos o tom mórbido (o Jean AMA essas coisas…), no outro dia fomos ao Cemitério Père Lachaise, o “lar” atual de hóspedes ilustres como Oscar Wilde, Jim Morrison, Chopin, Edith Piaf e outros baluartes da cultura…
Mesmo que não tenhas o mínimo interesse nessas e nos outros residentes, vale uma caminhada pelo cemitério; é um lugar lindo, super pacífico e, preparem-se, enorme!
Para finalizar o meu relato sobre Paris, deixa eu desmistificar uma coisa aqui: o povo é super simpático e paciente viu? Nada daquela fleuma de que todo mundo reclama…
Será que sou eu com toda minha beleza a encantar Paris? Hehehehehehehehe….Brincadeira tá gente, no máximo eu sou bem legal ehehe 😉
Resumindo, amamos a cidade e esperamos voltar, logo, para os próximos PFW! Com muito sol, claro…
Aliás, comentei ou não que era essa a nossa primeira vez em Paris?