Monalisa de Batom, Saúde
28/03/2016
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Cirurgia Plástica: Retirada de pele

Já comentei com vocês por aqui que o Monalisa de Batom é praticamente meu diário virtual não é gente? Nele (e quem é leitora assídua já conhece bem) eu conto um pouco do meu dia a dia, dos meus gostos, de procedimentos estéticos que fiz e amei, de produtinhos bacanas que uso, de marcas que gosto entre outras coisas.

Mas desde que vocês começaram a dividir comigo esse espaço, ele deixou de ser apenas meu pra se tornar nosso. Então é fato dizer que o MB também é feito pra vocês. E isso inclui escrever aqui tudo o que eu acho que vocês gostariam de saber e é claro: coisas que você me pedem também!

Como por exemplo dúvidas sobre cirurgia plástica. Desde que fiz o primeiro post sobre as verdades e mentiras da Cirurgia Plástica (não leu? clica aqui) várias leitoras sugeriram uma série de temas pra conversarmos sobre. E eu achei tão bacana isso gente. Óbvio que como uma pessoa leiga no assunto – afinal sou blogueira e não cirurgiã – eu não saberia responder nada, por isso novamente convidei nossos queridos doutores Ana Paula Passini e Rodrigo Oliveira Agacy da Clínica Agacy e Passini Cirurgia Plástica pra explicar um pouquinho sobre o tema do momento: retirada de pele após emagrecimento.

Alias gente, esse foi um dos assuntos mais pedidos ultimamente (yep, ganhou da cirurgia de mama). É notório que cada vez mais estamos cuidando da nossa saúde seja praticando exercícios ou se alimentando de forma mais saudável e para quem estava muito acima do peso e com a junção dessas duas práticas conseguiu emagrecer a dúvida que fica é: E agora? o que eu faço com esse excesso de pele? Posso retirar? E é sobre isso que vamos falar aqui no blog hoje gente.

dermolipectomia copy

Sabemos que quando se trata de uma cirurgia plástica inúmeras são as dúvidas que temos certo? Afinal (eu já disse isso uma vez e repito) não é algo tão simples quanto ir ao salão fazer as unhas. Por isso gente, quero deixar aqui bem claro que esse post não é uma consulta com o cirurgião ok? Cada paciente é um paciente e aqui no blog estamos falando do assunto de forma abrangente. De caráter explicativo mesmo. Mas dizer exatamente qual é ou não é a cirurgia ideal para cada um só estando na consulta física mesmo viu? 

Conhecida como DERMOLIPECTOMIA, a cirurgia  – que pode ser de braços, de coxas, de abdome (a mais comum) é indicada para pessoas com sobras de pele, que não tem necessidade ou não querem fazer lipoaspiração associada. Pacientes que emagrecem muito são super beneficiados com essa técnica. Ah, uma notícia boa: para pacientes de pós gastroplastia (cirurgia bariátrica), a cirurgia do abdome pode ser feita pelo plano de saúde. =)

Como há muita inverdade rondado a internet sobre o assunto, o dr. Rodrigo Agacy nos mandou as principais dúvidas sobre a dermolipectomia.

1 – Quantos quilos vou emagrecer com a Dermolipectomia Abdominal?

Sendo uma cirurgia que retira determinada quantidade de pele e gordura, evidentemente haverá uma redução no peso corporal, que varia de acordo com o volume do abdome de cada paciente. Não são, entretanto, os “quilos” retirados que definirão o resultado estético, mas sim as proporções que o abdome mantenha com o restante do tronco e os membros. Paradoxalmente, os abdomes que apresentam melhores resultados estéticos são justamente aqueles em que se fazem as menores retiradas. Assim é que a maioria das mulheres apresentam certa “flacidez” do abdome após 1 ou vários partos, com predominância de pele sobre a quantidade de gordura localizada na região. Estes casos nos permitem excelentes resultados. Em outros casos, em que o paciente está com o peso acima do normal, o resultado também será compensatório e proporcional ao restante do corpo; entretanto, vale a pena lembrar que “excesso de gordura” em outras regiões vizinhas do abdome ainda existirão, o que nos leva a aconselhar àquelas que assim se apresentem a prosseguir com um tratamento clínico ou fisioterápico, para equilibrar as diversas partes entre si.

2 – A cirurgia do abdome deixa cicatriz muito visível?

A cicatriz resultante de uma dermolipectomia localiza-se horizontalmente logo acima da implantação dos pelos pubianos, prolongando-se lateralmente em maior ou menor extensão, dependendo do volume do abdome a ser corrigido. Esta cicatriz é planejada para ficar disfarçada sob as roupas de banho (há casos, mesmo em que a própria “tanga” poderá ser usada), e infalivelmente passará por vários períodos de evolução, como se segue:

a- PERÍODO IMEDIATO: Vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto excelente e pouco visível. Alguns casos apresentam discreta reação aos pontos ou ao curativo.

b- PERÍODO MEDIATO. Vai do 30º dia até o 12º mês. Neste período haverá espessamento natural da cicatriz, bem como mudança na tonalidade de sua cor, passando de “vermelho” para o “marrom”, que vai, aos poucos, clareando. Este período, o menos favorável da evolução cicatricial, é o que mais preocupa as pacientes. Como não podemos apressar o processo natural da cicatrização, recomendamos às pacientes que não se preocupem, pois o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais.

c- PERÍODO TARDIO: Vai do 12º ao 18º mês. Neste período, a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia do abdome deverá ser feita após este período.

3 – Em quanto tempo atingirei o resultado definitivo? 

Na resposta anterior foram feitas algumas ponderações sobre a evolução da cicatriz. Entretanto, resta ainda acrescentar algumas observações sobre o novo abdome, no que tange à sua consistência, sensibilidade, volume, etc. Nos primeiros meses, o abdome apresenta uma insensibilidade relativa, além de estar sujeito a períodos de “inchaço”, que regride espontaneamente. Nesta fase, poderá ficar com aspecto de “esticado” ou “plano”. Com o decorrer dos meses, tendo-se iniciado os exercícios orientados para modelagem, vai-se gradativamente atingindo o resultado definitivo. Nunca se deve considerar como definitivo qualquer resultado, antes de 12 a 18 meses de pós-operatórios.

4 – A Dermolipectomia  abdominal corrige aquele excesso de gordura sobre a região do estômago?

Nem sempre. Isto depende do seu tipo de tronco (conjunto tórax + abdome). Se ele for do tipo curto, dificilmente será corrigido. Sendo do tipo longo, o resultado será mais favorável. Também tem grande importância, sob este aspecto, a espessura do panículo adiposo (espessura da gordura) que reveste essa área do corpo.

5 – Qual o tipo de maiô que poderei usar, após a cirurgia?

O tipo de maiô dependerá exclusivamente de seu próprio manequim. É claro que os decotes inferiores mais “generosos” (tangas) ficarão por conta dos casos em que os resultados sejam mais naturais. Lembre-se que o bisturi do cirurgião apenas aprimora suas próprias formas, que poderão ser melhoradas ainda mais, com cuidados de uma fisioterapeuta, desde que se associe estes tratamentos complementares logo nas primeiras semanas após a cirurgia.

6 – Poderei ter filhos futuramente? O resultado não ficará prejudicado?

O seu médico ginecologista lhe dirá da conveniência ou não de nova gravidez. Quanto ao resultado, poderá ser preservado, desde que na nova gestação seu peso seja controlado por aquele especialista. Aconselhamos, entretanto, que tenha todos os filhos programados antes de se submeter a uma dermolipectomia abdominal.

7 – Ouvi dizer que o pós-operatório da Dermolipectomia abdominal é muito doloroso, é verdade?

Não. Uma dermolipectomia de evolução normal não deve apresentar dor. O que existe é um grande equívoco por parte de certas pacientes, que são operadas simultaneamente de cirurgias ginecológicas associadas à dermolipectomia e relatam por isso, dores pós-operatórias. Nem todos os cirurgiões costumam recomendar esta associação de cirurgias, por constituírem certo risco operatório, além de apresentam inconvenientes como dores e resultados menos favoráveis.

8 -Há perigo nesta operação?

Raramente a cirurgia de dermolipectomia traz sérias complicações, desde que realizada dentro de critérios técnicos. Isto se deve ao fato de se preparar convenientemente cada paciente para o ato operatório, além de ponderarmos sobre a conveniência de associação desta cirurgia simultaneamente a outras. O perigo não é maior nem menor que uma viagem de avião ou de automóvel, ou mesmo o simples atravessar de uma rua.

9 – Que tipo de anestesia é utilizada para esta operação? 

Anestesia geral ou peridural.

10 – Quanto tempo dura o ato cirúrgico?

Em média 2 a 3 horas. Este período poderá ser prolongado, se o caso demandar. Entretanto, o tempo de ato cirúrgico não deve ser confundido com o tempo de permanência do paciente no ambiente de Centro Cirúrgico, pois, esta permanência envolve também o período de preparação anestésica e recuperação pós-operatória. Seu médico poderá lhe informar quanto ao tempo total.

11 – Qual o período de internação?

Geralmente 1 dia.

12 – São utilizados curativos?

Sim. Curativos especiais, trocados periodicamente pela equipe do cirurgião.

13 – Quando são retirados os pontos?

A retirada dos pontos poderá ser iniciada em torno do 10º dia, devendo ser feita de maneira seletiva, nos dias que se seguem. Raramente a retirada total passa de 2 semanas.

14 – Quando poderei tomar banho?

Geralmente após a alta hospitalar, sempre com o auxílio de alguém nos primeiros dias, e de preferência, com água na temperatura morna para fria.

15 – Qual a evolução pós-operatória?

Não deve se esquecer que, até que se consiga atingir o resultado almejado, diversas fases são características deste tipo de cirurgia. Assim é que, no item 02, foi-lhe informado sobre a evolução cicatricial (até o 18º mês). No item 03, sobre a evolução da forma do abdome, bem como a sensibilidade, consistência, etc. Entretanto, poderá lhe ocorrer alguma preocupação no sentido de “desejar atingir o resultado final antes do tempo previsto”. Seu organismo se encarregará de dissipar todos os pequenos transtornos intermediários que, infalivelmente chamarão a atenção de alguma de alguma pessoa que não se furtará à observação: “//SERÁ QUE ISTO VAI DESAPARECER MESMO?//”- É evidente que toda e qualquer preocupação de sua parte deverá ser transmitida ao seu cirurgião. Daremos os esclarecimentos necessários, para sua tranqüilidade. Em tempo: em algumas pacientes, ocorre uma certa ansiedade nesta fase, decorrente do aspecto transitório (edema, insensibilidade, aspecto cicatricial, etc.). Isto é passageiro e geralmente reflete o desejo de se atingir o resultado final o quanto antes. Lembre-se que nenhum resultado de cirurgia do abdome deverá ser considerado como definitivo antes dos 12 aos 18 meses. Em caso de pacientes muito obesas, poderá ocorrer, após o 8º dia, a “eliminação de razoável quantidade de líquido amarelado” por um ou mais pontos da cicatriz. Este fenômeno nada mais é do que o transudamento cirúrgico e a liquefação da gordura residual próxima à área da cicatriz que está sendo eliminada, sem que isso venha a se constituir como complicação. Existem recursos para evitar que esse vazamento venha a lhe ocorrer em situações inoportunas.

dermo

*Imagens: Google

E aí gente, gostaram do post? Se sim, compartilhem com seus amigos que tem interesse nessa cirurgia mas tem dúvidas. Como eu disse no início do post o Dr. Rodrigo Oliveira Agacy e a Dra. Ana Paula Passini são cirurgiões renomados e especialistas em cirugia plástica então todas as informações deste post são pautadas na veracidade. 

Pra quem tem dúvidas sobre alguma cirurgia específica ou mesmo restou alguma dúvida sobre a Dermolipectomia aproveita e escreve aqui pra gente nos comentários ou mande um email para monalisadebatom@gmail.com ♥ Em breve tem mais post pra vocês. =)

Fonte: Agacy e Passini Cirurgia Plástica

(Rua: Guilherme Weege, 495. Fone (47) 3275-1852 / (47) 9216-9808 (WhatsApp)).

Responsável Técnico: DR RODRIGO OLIVEIRA AGACY   CRM/SC 15.478 / RQE 7803

 

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